terça-feira, 1 de maio de 2012

EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO - 2º Ano - 2º Bim.

Texto - 01 -      2º ANO – 2º BIMESTRE
EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO:
FISIOLÓGICOS, MORFOLÓGICOS E PSICOSSOCIAIS.

     Nas últimas décadas, o conceito de saúde tem sido ampliado para Promoção de Saúde, que enfatiza a importância do desenvolvimento comunitário nas questões da saúde individual e coletiva. Nessa atual definição, há duas grandes perspectivas de atuação: de um lado, atividades individualizadas focando os estilos de vida e concentrando-se em componentes educativos relacionados aos riscos comportamentais modificáveis. Por outro lado, atividades voltadas ao coletivo por meio de políticas públicas e de ambientes favoráveis ao desenvolvimento da saúde.
     Para melhor entendimento dos efeitos da atividade física e do exercício físico sobre o organismo humano, é fundamental o conhecimento dos processos de adaptação (entendida como uma organização orgânica e funcional do organismo), que estão sujeitos a fatores endógenos e exógenos.
     São fatores endógenos (internos): a idade, o sexo e a condição de treinamento. A infância e adolescência são os períodos de grande capacidade de adaptação, a qual, apesar de diminuir com o avanço da idade, mantém-se até o fim da vida. Com relação ao sexo, a capacidade de adaptação se dá de forma diferenciada; por exemplo, a treinabilidade da musculatura na mulher é menor, devido à menor quantidade de testosterona. Quanto à condição de treinamento, os processos de adaptação ocorrem mais rapidamente quanto menor for o nível de desempenho da pessoa.
     São fatores exógenos (externos): a qualidade e quantidade da sobrecarga e a alimentação. A correta sequência de estímulos, observando as normas de treinamento (intensidade, duração, freqüência, sobrecarga), define a forma e a abrangência do processo de adaptação. A alimentação precisa fornecer os elementos nutricionais necessários para a formação de estruturas diante dos estímulos de carga.
     Para cada tipo de treinamento físico há adaptações específicas nos diferentes sistemas do corpo, conforme se verifica a seguir:

TREINAMENTO
ADAPTAÇÕES ESPECIAS
Capacidade anaeróbica
- Maiores níveis intramusculares de substratos anaeróbicos (ATP, PCre e glicogênio;
- maior quantidade e atividade das enzimas-chave, que controlam a fase anaeróbica (glicolítica) do fracionamento da glicose;
- maior capacidade de gerar aumento de rendimento sanguíneo de lactato durante exercício máximo.
Capacidade aeróbica
Adaptações metabólicas:
- aumento no tamanho e número de mitocôndria no músculo esquelético treinado;
- duplicação do nível das enzimas do sistema aeróbico;
- melhora na oxidação de ácidos graxos (metabolismo de gorduras e carboidratos);
- intensificação da capacidade aeróbica das fibras musculares.
Adaptações cardiovasculares;
- ampliação do tamanho do coração (melhor volume sistólico);
- aumento do volume plasmático;
- aumento do volume sistólico de ejeção;
-- diminuição da FC, aumento do débito cardíaco, aumento do oxigênio extraído do sangue, aumento do fluxo sanguíneo, diminuição da PA.
Adaptações pulmonares;
- aumento da ventilação muscular durante exercício máximo;
- hipertrofia da musculatura respiratória (músculos intercostais externos e diafragma).
Outras adaptações:
- modificação na composição corporal;
- transferência de calor corporal.
Resistência muscular
Adaptações neurais;
- maior ativação do Sistema Nervoso Central;
- melhor sincronização das unidades motoras;
- reflexos inibitórios neurais mais intensos.
Adaptações musculares;
- hipertrofia das fibras musculares;
- remodelagem muscular.
Adaptações nos tecidos conjuntivos e ósseo:
- fortalecimento de ligamentos, tendões e tecidos ósseos de apoio.
Outras adaptações;
- modificação na composição corporal.


    Ademais, o treinamento físico, a depender de suas características, pode produzir efeitos positivos ou negativos sobre outros sistemas orgânicos: sistema nervoso autônomo (produz relaxamento ou excitabilidade); sistema nervoso central (aumenta a circulação sanguínea no cérebro); sistema visual (melhora o desempenho visual); sistema sensorial sinestésico (melhora a capacidade de desempenho muscular ou leva à disfunção da propriocepção e surgimento de lesões); sistema imune (estimula a imunidade em atividades leves e de longa duração ou a prejudica em treinamento muito intenso); e sistema endócrino (libera o hormônio do crescimento e melhora o sistema regulador hormonal).
    Quanto aos Aspectos Psicossociais, pode-se falar em efeitos positivos e negativos causados pela atividade física e exercício físico.
     Entre os efeitos positivos estão: redução de vários sintomas de estresse, da ansiedade, da depressão moderada e da instabilidade emocional; melhora na autoestima, no auto-conceito, na imagem corporal e no relacionamento interpessoal.
     Têm sido relatos efeitos negativos decorrentes de treinamento excessivo ou competição inadequada, tais como: transtornos psicossomáticos ou gastrointestinais; alterações de apetite e sono; desvio de comportamento; aumento da ansiedade e agressividade; esgotamento físico e psicológico (burnout); distúrbios cognitivos (falta de atenção e concentração, esquecimento, bloqueio mental); e síndrome de saturação esportiva, além da diminuição dos sentimentos de eficácia, alegria, realização, competência e controle.



3 comentários:

  1. Cara nisso vou tirar 10 no meu trabalho, muito obrigado, extremamente detalhado e bem explicado!
    Parabéns .

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  2. infelizmente n disse o que são os efeitos fisiológicos e morfológicos do treinamento físico, apenas foi citando os efeitos sem especificar, continuo na msma. -.-'

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